Sinopse
Mergulho nas águas profundas de um artista multidisciplinar e inconformado que se dedicou, desde a primeira juventude, à experimentação e a “estéticas falíveis”, na sua própria definição. Pioneiro, em Portugal, da música improvisada. O artista é filmado “em acção”, num espaço abstrato e num tempo suspenso. Entre actuações, incursamos, sem filtros, nos labirintos da sua memória. “A Escuta” é também a passagem de testemunho de um mestre.
Este filme nasce do desejo de dar a conhecer, através da “minha lente”, o mestre que é Carlos “Zingaro”. Conhecê-lo em acção e conhecer a sua história. As características que o distinguem são o gosto pela experimentação, o pioneirismo e a permanência na cena das artes e cultura em Portugal - e pelo mundo - ao longo de mais de 50 anos. É um artista de riscos e de vertigem, que sempre viveu da sua arte minimizando concessões e comprometido com a busca pela “verdade do momento”. Uma vida de entrega total, de pesquisa incessante, de fogachos de plenitude, e de um considerável património imaterial, visto que a maior parte da música que criou não ficou registada em discos. Viver para o momento, no momento. Tocar esse momento. Os encontros, as evocações e a aventura da descoberta... estes são os vectores de Carlos “Zingaro”. Ao reflectir sobre a vida e a arte, em perspectiva, como no presente da acção, “Zingaro” auto-retrata-se.
A escuta é a condição base de um improvisador. É também a minha condição como cineasta e de espectadora entre espectadores. É a condição necessária para uma sociedade mais humanista.
Trailer
Imagens
Nasceu em 1976, Lisboa. Formada em, Desde 2003 que a sua actividade principal é a escrita de argumento e realização cinematográfica: “O Nome e o N.I.M.” (curta, 2003), “Comer o Coração de Rui Chafes e Vera Mantero” (doc., 2005), “Cinerama” (longa, 2009), “Bobô” (longa, 2013), “Vira Chudnenko” (documentário, 2017), “O Sapo e a Rapariga” (curta, 2019), “A Escuta” (doc., 2022). Os seus filmes têm sido premiados e exibidos em dezenas de festivais internacionais como TIFF- Toronto, Nouveau Cinemas Nouveau Medias, Angers, Torino FF, Mostra de São Paulo, DocLisboa, Vila do Conde, IndieLisboa.
Alexandre Oliveira estudou Produção na Escola de Teatro e Cinema, em Lisboa. Trabalhou como Director de Produção e Produtor Executivo de nomes importantes da indústria portuguesa e europeia, como: João César Monteiro, Manoel de Oliveira, Paulo Rocha e Wener Schroeter. Foi programador da Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema com João Bénard da Costa. Em 2001, fundou a AR DE FILMES, uma produtora de cinema e teatro. A produtora incluí a Companhia Teatro do Bairro, um espaço no Bairro Alto, com 120 lugares sentados, que inclui programação de teatro, música e dança. Produziu cerca de 20 peças nos últimos anos.
Nos últimos anos, Alexandre Oliveira produziu mais de 10 filmes de João Botelho, entre documentários e longas-metragens de ficção, bem como de Margarida Gil, Ariel de Bigault, e André Marques. Fez um importante trabalho de distribuição ao criar um novo circuito que assegura que o público possa ver os filmes em teatros municipais. O FILME DO DESASSOSSEGO, baseado no livro de Fernando Pessoa, foi um dos filmes mais vistos em Portugal nos últimos 10 anos, com uma média de 200 espectadores por sessão. OS MAIAS, adaptado do romance de Eça de Queiroz fez mais de 150.000 espectadores nas primeiras exibições em Portugal.
Em 2015, Alexandre Oliveira foi distinguido pela Academia de Produtores Culturais com o Prémio Natércia Campos para Melhor Produtor Cultural pela Academia de Produtores Culturais, pela “capacidade de se colocar ao serviço de uma significativa diversidade de criadores, linguagens, áreas artísticas e promotores, afim, de se colocar ao serviço da clara defesa do projeto artístico na sua relação com os públicos.”
Estes são alguns exemplos do seu trabalho em cinema:
FILMOGRAFIA como produtor
2021 | Jovem Cunhal
(Longa-metragem)
Realização João Botelho
Produção Ar de Filmes
(em pós-produção)
2021 | A Terra de Mata e Queima
(Longa-metragem)
Realização Jorge Cramez
Produção Ar de Filmes
(em pós-produção)
2020 | O Bêbedo
(Longa-metragem)
Argumento e Realização André Marques
Produção Ar de Filmes
(em pós-produção)
2019 | A Última Festa
(Longa-metragem)
Argumento e realização Matheus Souza
uma produção da Coqueirão Pictures Co-produção Ar de Filmes
(em pós-produção)
2019 | Fantasmas do Império
(Longa-metragem documental)
Argumento e realização: Ariel de Bigault
(90’;doc)
2020 | O Ano da Morte de Ricardo Reis
(Longa-metragem e versão mini série TV)
a partir da Obra de José Saramago
Realizador: João Botelho
2018 | Mar (Longa-metragem)
Argumento Margarida Gil e Rita Benis
Realizadora: Margarida Gil
2017 I O que Chamas Pensar?
(Curta-metragem)
Realizador: Margarida Gil
Encomenda da Fundação Calouste Gulbenkian
2017 | A Peregrinação
(Longa-metragem)
A partir da obra de Fernão Mendes Pinto
Realizador : João Botelho
2015 | Nos Campos em Volta
(Curta-metragem documental)
Realizador: João Botelho
Co-produção com o Museu Municipal de Arqueologia de Serpa
2015 | O Som da Prata
(Curta-metragem documental)
Realizador: João Botelho
Encomenda da empresa Topázio
2014 | A Arte da Luz tem 20.000 anos
(documentário)
Realizador: João Botelho
Financiado pelo Côa Parque
2014 | Os Maias
(duas versões longas - 183’ e 133’; e versão minissérie TV 220)
Realizador: João Botelho
Filme financiado pelo ICA, Câmara Municipal de Lisboa e Montepio; Co-produção com a RTP e RACCORD (Brasil)
2012 | Bravo Som dos Tambores
(documentário)
Realizador: João Botelho
Filme financiado pela Fundação Guimarães 2012, Capital Europeia da Cultura.
2012 | La Valse
(Curta-metragem)
Realizador: João Botelho
Filme financiado pelo ICA, Co-produção RTP Co-produção com a Companhia Nacional Bailado
2012 | Anquanto la Lhéngua fur Cantada
(documentário)
Realizador: João Botelho
Filme financiado pela Direcção Regional de Cultura do Norte Venda à RTP
2011 | Coração no Escuro
(documentário)
Realizadora: Maria Joana Figueiredo
2010 | O Filme do Desassossego
(Longa-metragem)
Realizador: João Botelho
Filme financiado pelo ICA, CML, Fundação Calouste Gulbenkian; Co-Produção RTP
2010 | Oh Lisboa, Meu Lar!
(Curta-metragem documental)
Realizador: João Botelho
Filme financiado pela Câmara Municipal de Lisboa - Venda à RTP
2009 | Para que este mundo não acabe!
(documentário)
Realizador: João Botelho
Filme financiado pelo ICA, Município de Montalegre e Município de Boticas; Co-Produção RTP
2007 | A Terra antes do Céu
(documentário)
Realizador: João Botelho
Filme finaciado pela Direcção Regional de Cultura do Norte Venda à RTP
2007 | A Baleia Branca – uma ideia de Deus
(documentário)
Realizador: João Botelho
Venda RTP
2005 | Nunca estou onde pensas que estou
(Curta-metragem)
Realizador: Jorge Cramez
Filme financiado pelo ICA e co-produzido pela RTP
FILMOGRAFIA como director de produção
2003 | A Mulher que Acreditava ser Presidente dos E.U.A.
Realização: João Botelho
Produção Madragoa Filmes
2007 | Mistério da Estrada de Sintra
Realização: Jorge Paixão da Costa
Produção Filmes de Fundo
2007 | Nome de Código: Sintra
Realização: Jorge Paixão da Costa
Produção de serie Tv: Filmes de Fundo para RTP
2003 | Quaresma
Realização: José Alvaro Morais
Produção Madragoa Filmes
2002 | Delfim
Realização: Fernando Lopes
Produção Madragoa Filmes
2002 | Deux
Realização: Werner Schroeter
Produção Madragoa Filmes
2001 | Hora do Lobo
Realização: José Nascimento
Produção Madragoa Filmes
2001 | Água e Sal
Realização: Teresa Villaverde
Produção Madragoa Filmes
2000 | Palavra e Utopia
Realização: Manoel de Oliveira
Produção Madragoa Filmes
2000 | Branca de Neve
Realização: João César Monteiro
Produção Madragoa Filmes
Créditos
Argumento e realização
INÊS OLIVEIRA
com
CARLOS “ZINGARO”
JOELLE LÉANDRE
SEBI TRAMONTANA
PAUL LOVENS
MARIA BELO COSTA
Imagem
PAULO MENEZES
INÊS OLIVEIRA
Som
HUGO LEITÃO
Montagem
INÊS OLIVEIRA
RUI PEDRO MOURÃO
Produtor
ALEXANDRE OLIVEIRA
Agradecimentos
Luis Lopes, Maria do Mar, José Bruno Parrinha, Rui Eduardo Paes, Ricardo Saló, Rodrigo Amado, André Príncipe, Leonor Noivo, Rita Benis, Maria Joana, Bruno Sequeira, Max Pons, Luz Poppe, Ana Paula d’Assumpção.